CURSO ONLINE DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA MODERNA E CONTEMPORÂNEA . MÓDULO JAPÃO

Curso Online

Ao longo de 2020, explorarei as obras de um arquiteto japonês a cada mês em aulas online transmitidas por plataforma de videoconferência. Os módulos mensais são independentes entre si. Trarei questões norteadoras dessas práticas por meio de material multimídia especificamente desenvolvido com textos teóricos e obras chaves. Espera-se que discussões desdobrem a relação dessas arquiteturas com o fazer contemporâneo e os rumos da arquitetura nesse momento de crise. 

Os módulos mensais independentes focarão, cada um, em um arquiteto específico. Em comum, as sete práticas representam produções fundamentais japonesas do século 20 e 21, criam interlocuções críticas com o Movimento Moderno e suscitam questões centrais para as práticas atuais. As aulas debaterão conceitos básicos da estética oriental e o diálogo estabelecido por esses arquitetos tanto com a tradição japonesa quanto com o processo de ocidentalização iniciado após a Restauração Meiji no século 19.

As aulas durarão 1h45, sendo aproximadamente 1h30 de conteúdo expositivo e 15-20 minutos de discussões gerais. Pretende-se que o curso aumente o repertório arquitetônico dos participantes, assim como suscite questões críticas na prática profissional. O curso é voltado para arquitetos, estudantes de arquitetura e profissionais ligados a área correlatas como artes, cinema e história.

Considerando o atual cenário, estabeleci diferentes blocos de preço para inscrição. Os inscritos podem escolher livremente os valores que desejem pagar, conforme sua atual situação financeira.

Toyo Ito (Outubro-Novembro)

Como uma espécie de elo entre diferentes momentos históricos, Toyo Ito ocupa posição central dentro da arquitetura japonesa contemporânea: por meio de seus trabalhos, conseguimos entender a transição entre a Arquitetura Moderna, o Movimento Metabolista e as práticas contemporâneas.

Suas primeiras obras, no começo dos anos 70, podem ser lidas como uma resposta à ressaca dos desdobramentos (um tanto desoladores) dos movimentos políticos do final dos anos 60 no Japão. As condições de vida das cidades japonesas e as políticas industriais do pós-guerra resultaram em uma insatisfação social generalizada. Os japoneses saíram às ruas, mas o movimento rapidamente se viu afogado pela reação e repressão. Disso nascia uma sociedade pós-política e pacificada.

Ito – então arquiteto no escritório de Kiyonori Kikutake (um dos principais expoentes do metabolismo) – procurou reavaliar, nesse momento de transformações, seus próprios caminhos. Fundou o próprio escritório e trouxe para os projetos os principais dilemas do Japão naquele momento: o fim do sonho, a tecnocracia e o afunilamento das ações profissionais/políticas.

O curso trará uma contextualização desse período histórico e uma investigação de como a obra de Ito dialoga com seu próprio tempo. A partir de uma exploração dos principais conceitos da arquitetura dos anos 60, será debatida a inflexão na posição arquitetônica do arquiteto nos anos 70 que, se distanciando do metabolismo, aderia a escola do maior crítico do movimento, Kazuo Shinohara. As aulas então abordarão sua produção até o presente. O conteúdo das aulas dialoga com conhecimentos externos a arquitetura, fazendo conexões com história, arte e filosofia.

 

Os quatro encontros sobre Toyo Ito acontecerão nos dias

22/10, 29/11, 05/11, 12/11, (quintas-feiras)

 

Quando?

Nas quintas-feiras das 18h00-19h45

 

 

Esclarecimentos sobre os valores cobrados e o cenário de pandemia

1- Penso ser importante, mesmo dentro da imprevisibilidade atual do cenário de pandemia, manter circulação financeira, atividade econômica e difusão do conhecimento no campo das artes e educação. Nesse sentido, elaborei um sistema de valores para o curso que se propõe a ser o mais democrático possível com descontos de até 80%. Quanto cada um pagará dependerá da escolha individual conforme sua própria situação.

2- Nas segundas feiras, estou organizando um grupo de estudos colaborativo, livre e gratuito. As duas dinâmicas serão distintas: o grupo focará em leitura conjunta de textos e se dará por meio de uma construção coletiva do repertório crítico; já este curso se estrutura por aulas expositivas baseada em material visual especialmente preparado.

Quanto custa (as quatro aulas)?

Valor mensal com desconto 80: R$36,00

Valor mensal com desconto 50: R$90,00

Valor mensal normal: R$180,00

Qual é o limite de vagas?

Por causa de restrições nos atuais serviços de vídeoconferência, limitarei as vagas a 100 inscritos.

Como é o processo de inscrição?

Basta fazer a inscrição no site por plataforma do PagSeguro pelo site revistacentro.org. Para inscrições internacionais, pode-se usar o sistema do PayPal. A confirmação da inscrição será feita por e-mail em até 5 dias após o processamento do pagamento (no caso de cartão o processamento é imediato, no caso de boleto, pode demorar até 5 dias úteis).

Qual plataforma será usada? As aulas ficarão disponíveis depois?

Usaremos o Google Meet, uma plataforma estável e segura para esse tipo de reunião. A entrada na sala de videoconferência deverá acontecer até as 18h00 por meio de clique em link a ser disponibilizado futuramente. As aulas não serão disponibilizadas depois.

Política de cancelamento

Caso requisitado pelo(a) inscrito(a), será feita restituição integral do valor caso o pedido de cancelamento seja feito em até 7 dias após a compra. Após os 7 dias, não será feita devolução. A inscrição é intransferível e o acesso a sala de aula não pode ser compartilhado.

Dúvidas e mais informações

gabrielkogan@gmail.com

Informações importantes

As aulas serão ao vivo. Gravações/vídeos não ficarão disponíveis depois.

Não serão emitidos certificados para cursos online em 2020.

 

Professor

Gabriel Kogan, arquiteto, crítico e professor, doutorando na FAUUSP, onde pesquisa relações entre a arquitetura japonesa e brasileira. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) em 2009. Professor na Escola da Cidade e palestrante convidado da Politécnico de Milão (POLIMI, campus Mantova). Oferece cursos livres no MASP (2016) e MuBE (2017 & 2018). É colaborador da Folha de S.Paulo, e também escreveu para a Revista Bamboo, AU e as japonesas A+U e GA House. Em 2013, apresentou mestrado no UNESCO-IHE nos Países Baixos. Entre 2007 e 2015, trabalhou no escritório de arquitetura Studio MK27. Participou no anteprojeto do Museu de Minas e Metal de Paulo Mendes da Rocha em 2006 e da organização do Arte/Cidade de Nelson Brissac em 2005. Em 2015, fundou o instituto CENTRO Pesquisas Urbanas e e edita a Revista Centro. Integra o juri do Troféu APCA para a categoria de arquitetura.